Parto-Poesia
A noite mal começou
e você em sua perspicácia
já rebateu Alceu:
Tu vens, Tu vens, sim
mas ESCUTAR teus sinais?
Eu os SINTO até demais
Viscerais, os movimentos
empurravam lombar, pelvis, tudo
e doía como se para acabar um mundo
Entre os delírios da dor
pediste casa, pediste faca
Na fumaça do calor
perdeste a consciência, mas não a garra
Por acaso da natureza,
e não por qualquer falha tua,
não conseguiste comer
e foste até o teu corpo ceder
Foi hora de pedir ajuda
Anestesiar um pouco
pois a caminhada estava dura
Por 9h aguentaste o inimaginável
Por mais 4h mostraste tua vontade inabalável
Maravilhosa e guerreira
Sua jornada foi perfeita
e eu no meu singelo papel
ganhei o maior tesouro seu:
Receber a pequena em minhas mãos
para entregá-la aos braços teus
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